Pergunto-me até que ponto fará sentido abandonar as emoções.
Todas.
Tendo em conta que as melhores, as consideradas boas, as mais
descontroladas e intensas, trarão consigo as mais alucinantes e, igualmente
descontroladas, más, penosas, dilacerantes.
Se nos fecharmos às boas, proteger-nos-emos destas últimas, certo?
Se bloquearmos umas, automaticamente bloqueamos outras, correcto?
Mas… e o que são as emoções? Não serão para elas que cá
estamos, não serão através delas que traçamos percursos, subimos fasquias, nos
elevamos enquanto seres – de toda a forma e feitio?
Ao fim de contas, a fórmula racional, lógica e – arrisco a
dizê-lo – cientifica só é estimulada pela irracionalidade do emocional.
Sem comentários:
Enviar um comentário