Manhãs... II

Problema do dia: Segurança Social.

No dia anterior, estive a imprimir autorizações e mariquices do género, porque para quem não sabe, agora é necessário para além dos documentos BIs e Nº de beneficiários, uma autorização em como, em caso desses documentos não pertencerem à pessoa que os vai usar, se está autorizado a utilizá-los. Pedi também à minha mãe que como trabalha para aqueles lados me tirasse a senha de manhã e assim eu só teria que ir mais perto da hora de almoço em vez de estar horas horrendas à espera de ver um ou dois números passarem… (note-se que este meu pedido já foi meio tremido a adivinhar que a coisa não ia correr bem assim).

Ora pois bem, 9h20 da manhã, acordo com um miserável bipzinho do telemóvel – devo andar com sono levezinho também – ignoro sem ver se quer quem era, eu já sabia que ia acontecer. 2minutos depois, novo bip. Ok, se não atender vai estar para aqui a bipar o tempo todo e ainda tenho que levar com os azedumes que também já vêm sendo habituais. Levanto-me – e esta, eu confesso, é a parte que me levava a não atender logo de uma vez, o ter que sair do quentinho da cama… - pego no telemóvel e venho para o outro lado da casa onde tenho rede para poder atender. Mas, enquanto o telemóvel decide que tem e que não tem rede, a chamada cai novamente. Tento ligar de volta, impedido, e nisto toca o telefone de casa, com aquele som irritante ainda para mais para quem queria estar a dormir e está a gelar na sala para ouvir aquilo que já esperava. Atendo e:

- Então mas não atendes o telemóvel e atendes este?
- Eu estava-te a ligar, querias que não te atendesse outra vez?
- Ah, só liguei para aqui para te acordar… olha, aquilo JÁ está no 7 e está pouca gente.

Neste momento imaginei que a senha fosse para aí o 9 ou 10, se não o 8! E continuei numa tentativa de dialogo a tentar perceber qual era o meu numero afinal, ao qual não tive uma resposta clara. Supus que não devia ser assim tão alarmante, mas por via de duvidas aí vou eu.

De capacete enfiado, faço-me ao caminho e meto-me naquela rua que tem uma fila de carros imensa apenas num sentido, curiosamente no mesmo que eu seguia. Devagarinho lá vou eu passando a filazorra pela direita até que… há um palhaço que decidiu, ou melhor que virou antes de decidir qualquer coisa e me espeta uma panada na mota!! Como é que não atirou comigo ainda estou a tentar perceber, não me fez mossas por acaso, mas tive uma imensa pena de ele não ter ficado com uma bem grande, já que nem se deu ao trabalho de parar a ver se estava tudo bem!!!! PALHAÇO (é o mais simpatico que hoje já me sai)!!!! Bem, entre as que já vão sendo habituais asneiras dentro do capacete (e ultimamente também já fora dele) acabei de descer a rua e parei para ir buscar a senha. Afinal o número mistério era o 26. À partida nem era assim tão mau e naquela meia hora já deviam ter passado uns quantos.

Chego finalmente aquele jeitoso local – já a imaginar que a minha senha já teria passado assim como os 3 números de tolerância, tal não era o quadro que senhora me tinha pintado – e… Senha A 007…

Escusado será dizer que perdi mais uma manhã da semana de descanso que supus ter para estar umas 2h a jogar Snake e PuzzleBobble no telemóvel e saí de lá ao meio dia (menos mal).