sábado, setembro 27, 2014


"O meu sentimento de impotência era esmagador. Aquilo que  eu queria fazer era puxar algum travão de emergência do universo, como os travões que vira o metropolitano (…). Queria pedir um intervalo para que toda a gente PARASSE até eu conseguir compreender tudo. Suponho que esta necessidade de fazer o mundo inteiro parar até eu conseguir recompor-me pode ter sido o início daquilo a que (...) se chama problemas de controlo. É claro que os meus esforços e preocupação eram fúteis. Quanto mais viajava o tempo, mais depressa ele corria, e esse Verão passou tão rapidamente que me fez dor de cabeça e lembro-me de pensar, ao final de cada dia, mais um que passou, e desatar a chorar.”

- In Comer, Orar e Amar

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