"O meu sentimento de impotência era esmagador. Aquilo
que eu queria fazer era puxar algum travão de emergência do universo,
como os travões que vira o metropolitano (…). Queria pedir um intervalo para
que toda a gente PARASSE até eu conseguir compreender tudo. Suponho que esta
necessidade de fazer o mundo inteiro parar até eu conseguir recompor-me pode
ter sido o início daquilo a que (...) se chama problemas de controlo. É claro
que os meus esforços e preocupação eram fúteis. Quanto mais viajava o tempo,
mais depressa ele corria, e esse Verão passou tão rapidamente que me fez dor de
cabeça e lembro-me de pensar, ao final de cada dia, mais um que passou, e desatar a chorar.”
- In Comer, Orar e Amar
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