Coisas...

Quando era miúda apoiava-me no pensamento de que quando fosse grande ia saber lidar - como qualquer adulto me parecia fazer - com as coisas que me assustavam, com os medos e com os receios.

De facto, não estava errada - tão inteligente que já era :P - muitos deles relativizaram-se com o passar do tempo e com aquilo a que chamam maturidade.

Certo, também, é que foram sendo substituídos por outros, no entanto, o mesmo pensamento permanece: ao passo que continuo a crescer - agora já não em altura, já não olho de frente e vejo joelhos - sei que isso é efectivamente crescer.

Lembrei-me de tal, por ao sair de casa de manhã, ouvir um choro algures no prédio, e qual é o meu espanto, quando me trancam o elevador e me fazem voltar um piso acima (sim, estes elevadores apagam o destino que lhes é comandado, e reagem ao chamamento de outrém mesmo a meio do percurso...), abre-me a porta um menino em soluços e pede-me se o ajudava a abrir a porta de casa. Tadinho... deixei-o de porta aberta e na ideia de que: 

1. Afinal há uma razão para estes bichos mecânicos acederem a outros comandos...

2. Sim, este puto está a crescer, desenrascou-se muito bem.

E é isso...