Vesti a camisola que me apeteceu, a que não me apeteceu
passar a ferro. Saí de casa, com ela vestida, assim mesmo, e vim apanhar sol.
Sentei-me nas rochas, bem junto ao rebentar das ondas. Ouvi pelo
caminho, algo como: “sun sunset (?) 65 (número
estampado na camisola), I like you.” Ok,
não está mal, elevou-me um sorriso.
Agora escrevo junto à água, e penso que todos os dias
deveriam ser assim, a nosso gosto. Claro que temos obrigações a cumprir, mas
vestir e aproveitar o tempo que temos disponível, por pouco ou curto que seja,
da forma que nos der mais prazer, da forma que nos der na real gana. Why not? Não
somos donos das nossas vidas? Porque não fazê-las para nos sentirmos bem o
maior tempo possível?
Saí de casa com a camisola por engomar e alguém gostou, não
é uma excelente confirmação?
… Estou tão perto do mar e o sol está quente. Tenho os pés a
ferver… Vou descer duas rochas, descalçar-me e pôr os pés de molho!
… Já caminhei descalça pela praia, já me sentei num banco de
areia a ler de novo, já senti os efeitos da maré a subir no rabo!!
Tenho por tendência, quando começo um caderno novo, deixar a
primeira página em branco. O caderno também apanhou água, na capa e nessa
primeira página… a que está escrita ficou intacta! Há coisas que não sabemos
justificar porque as fazemos, mas há sempre uma razão!
2 comentários:
Gostei deste deambular sem destino pela praia e pelo caderno de notas!
Deixei-me guiar por ti... e foi um prazer!
Beijos.
Parece que foi um dia perfeito. :)
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